O Discurso do Re


Atualmente é o favorito ao Oscar 2011 e é também o que tem mais indicações - 12, incluindo Melhor Ator pra Colin Firth (que está brilhante e deverá ganhar) e Melhor Ator Coadjuvante pra Geoffrey Rush (que também está brilhante mas deverá perder injustamente pro Christian Bale).

O filme se passa no começo do século passado, onde o rei George VI assumia o trono da Inglaterra mas com um pequeno problema: era gago e não conseguia falar em público. A história foca na amizade entre ele e o fonoaudiólogo, que aos poucos vai virando uma espécie de terapeuta também. Afinal, o que aparenta ser um problema simples, mecânico, muitas vezes está enraizado em problemas mais profundos, e pra corrigir 1 problema, você tem que corrigir os outros também (pessoalmente, eu me identifiquei bastante com a situação, pois passei por um processo semelhante quando resolvi que queria saber cantar - uma decisão simples, mas que me levou a diversas cirurgias, a corrigir a minha mordida, minha respiração, minha postura, minha autoimagem, etc - ainda não cheguei lá, mas daqui a pouco eu posto um vídeo aqui pra mostrar o progresso! rs).

Falei que A Origem era um filme irracional sobre o processo da irracionalidade - estamos agora no outro extremo: um filme racional sobre o processo da razão. Uma história que só poderia acontecer num universo compreensível, onde a mente funciona e inteligência e prática trazem benefícios reais - onde suas dificuldades têm explicação e você não está condenado a viver com elas. Este é o espírito de otimismo por trás do filme. Não é um filme de emoções muito profundas, mas é uma história que fala pra todos, contada com capricho, sensibilidade, numa harmonia perfeita entre conteúdo e técnica.

O Discurso do Rei (The King's Speech / EUA / 2010 / Tom Hooper) - o diretor não é famoso, mas fez a premiada mini-série de TV John Adams

Orçamento: US$ 15 milhões
Bilheteria atual: US$ 140 milhões
Nota do público (IMDb): 8.5
Nota da crítica (Metacritic): 8.8

INDICAÇÃO: Quem gostou de Frost/Nixon, A Rainha, Billy Elliot.

NOTA: 8.5