
Dramédia italiana sobre um rapaz gay que resolve contar tudo pros pais durante um almoço - só que o irmão mais velho passa na frente e anuncia primeiro que também é gay (pra surpresa do irmão, dos pais e também da platéia). O pai expulsa o filho de casa, sofre um ataque do coração, deixando o outro numa situação complicada, sem poder falar a verdade, com receio de matar o pai de vez.
É um filme pessoal (daqueles que o autor coloca dedicatória no final) sobre pessoas comuns vivendo conflitos humanos, e que aborda esse tema da homossexualidade, mas superficialmente, sem grandes reflexões (longe da sensibilidade de um C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor, por exemplo). Certamente não é a minha praia. O melhor que esse tipo de filme tem a oferecer é alguma espécie de observação psicológica mais aguçada, um estudo de personagens interessante, mas os personagens aqui são bem genéricos, às vezes até caricatos (como os amigos gays de Tommaso - até duvidei que o diretor fosse gay, pois um gay não retrataria outro de maneira tão constrangedora - mas ele é sim; inclusive dirigiu A Janela da Frente e vários outros filmes com essa temática).

O Primeiro que Disse
Mine Vaganti (ITA, 2010, Ferzan Ozpetek)
Nota do público (IMDb): 7.0
INDICAÇÃO: Quem gostou de Canções de Amor, De Repente Califórnia, A Janela da Frente, etc.