
Christina Aguilera e Cher dividem a tela nesse filme de música (não chega a ser um musical) sobre uma garota do interior que chega em L.A. com um grande sonho (e uma voz) e começa a se apresentar num cabaré chamado Burlesque.
Primeiro problema grande: Aguilera, quando chega em L.A., já é uma estrela pronta. Não há nada a ser melhorado ou superado... Ela canta, sabe todas as coreografias, tem o visual certo, confiança, presença de palco... Que interesse poderíamos ter num ser indestrutível como esse?
Segundo: a trilha sonora me pareceu bastante esquecível.
Terceiro: o sonho dela é se apresentar no Burlesque - e ela consegue isso logo no primeiro terço do filme. E depois? Onde ela quer chegar? Não sabemos... Não há uma apresentação final a ser aguardada, um produtor musical que ela queira conhecer, uma escola de dança que ela queira ser admitida... Nada... Mesmo o romance é previsível e fica claro desde o começo que os dois se gostam.
Pegue Flashdance como parâmetro - o filme tem apenas um fiapo de história, os personagens são superficiais - mas ele não comete nenhum destes erros e virou uma espécie de clássico mesmo assim.

O visual é macio, luxuoso, colorido, bonito de ver... O filme parece uma desculpa pra elas ficarem lindas na tela. Acho que esse é o maior elogio que pode ser feito... (Cher tem 65 anos mas tem corpo de 35, rosto de 45, e a pele de um bebê recém nascido fora de foco). Mas é tudo muito clichê e faltam conflitos... Talvez as 2 sejam estrelas há tempo de mais pra se lembrarem do que se trata essa história.
Burlesque (EUA / 2010 / 119 min / Steve Antin)
Orçamento: US$ 55 milhões
Bilheteria atual: US$ 84 milhões
Nota do público (IMDb): 6.1
Nota da crítica (Metacritic): 4.8
INDICAÇÃO: Quem gostou de Fama (o remake), Nine, Dreamgirls, Show Bar.
NOTA: 5.0