Critica: A Ressaca

Filme requenta piadas para falar de amizade
 
Comédia de Steve Pink requenta piadas com história de amizade nos lamacentos anos 1980
Por João Carlos Sampaio | A TARDE
A comédia "A Ressaca", de Steve Pink, é mais um daqueles filmes em que os heróis entram numa máquina do tempo e vão parar em algum lugar perigoso ou ameaçador. Só que desta vez a máquina é uma banheira térmica, que transporta um quarteto de amigos direto para os lamacentos anos 1980.

Daí sobram aqueles hits musicais cheios de efeitos sonoros, cabelos compridos e enrolados e uma nova chance para o trio de amigos interpretado por John Cusack, Craig Robinson e Rob Corddry resgatarem os laços de amizade enferrujados com os anos.

O quarto membro do grupo é o sobrinho do personagem de Cusack, vivido pelo ator Clark Duke, que, em companhia dos “coroas”, vai ter a chance de abandonar o seu mundo nerd e viver uma noite agitada em 1986.

As piadas são previsíveis, assim como o desenlace final. O texto tem alguns escorregões, especialmente quando flerta com um tipo de humor mais grotesco.

Não vai faltar quem aprecie o filme – até porque muita gente adora o clima “revival” das famosa "Festa Ploc" –, mas este é um típico filme adolescente que não viu o tempo passar e as rugas se acumularem em torno dos olhos.

Steve Pink já se saiu melhor quando trabalhou no roteiro do inspirado "Alta Fidelidade" (2000), agora se limita repetir um tipo de trama que a série "De Volta para o Futuro", por exemplo, soube elaborar de maneira mais criativa.